Alerta de Golpe! 4 em Cada 10 Brasileiros já Foram Vítimas de Fraudes Online

40% dos brasileiros já foram alvo de fraudes digitais, com prejuízo médio de R$ 6,3 mil; vishing é o golpe mais comum.
Foto: Pexels

Leia um resumo

Um estudo da TransUnion revelou que 40% dos brasileiros já foram alvo de fraudes por canais como e-mail, telefone e mensagens, e 10% chegaram a cair nos golpes, com perdas médias de R$ 6.311. O golpe mais comum é o vishing, em que criminosos ligam fingindo ser de empresas confiáveis para obter dados pessoais. Globalmente, 29% sofreram prejuízo com fraudes, e a Geração Z foi a mais afetada. No Brasil, a taxa de suspeita em transações foi de 6,1%, uma das mais altas do mundo. Plataformas de relacionamento foram os ambientes com maior incidência de golpes digitais no país.

Um levantamento realizado para o relatório semestral Global de Tendências de Fraude Omnichannel, da TransUnion, revelou que 40% dos brasileiros já foram alvo de fraudes por e-mail, internet, telefone ou mensagens de texto, sendo que 10% afirmaram ter sido vítimas dos golpes. Entre os que caíram nas fraudes, o prejuízo médio foi de R$ 6.311.

Em nível global, 53% dos entrevistados disseram ter sido abordados por tentativas de golpe entre agosto e dezembro de 2024, utilizando canais digitais ou telefônicos. No entanto, 47% das pessoas ouvidas não reconhecem que foram alvos de fraudes, o que pode indicar falta de percepção sobre as estratégias aplicadas pelos criminosos.

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O tipo de golpe mais comum é o vishing — método em que o criminoso faz ligações fingindo representar empresas confiáveis, como operadoras de celular ou instituições financeiras, para obter dados confidenciais como senhas, CPF ou número de cartões.

O estudo contou com a participação de 13.387 adultos de 18 países e regiões. Do total, 29% relataram perdas financeiras devido a golpes no último ano, com uma média de US$ 1.747 (cerca de R$ 10.683).

A Geração Z (nascidos entre 1997 e 2010) foi a que mais relatou prejuízos: 38% disseram ter sofrido perdas. Já entre os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964), esse percentual foi de 11%.

“A evolução das fraudes exige que as empresas estejam sempre um passo à frente, inclusive ajudando a conscientizar sobre golpes como o vishing. É importante destacar que, assim como em outros golpes de engenharia social, o objetivo final dos fraudadores é obter informações ou acessos privilegiados para cometer fraudes financeiras”, explicou Wallace Massola, gerente de Soluções de Prevenção à Fraude da TransUnion Brasil.

Houve também aumento de 11% nas tentativas de fraude digital em 2024 em comparação com 2023. O golpe com maior crescimento foi a invasão de contas, que teve alta de 20% em relação ao ano anterior.

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Segundo Massola, os criminosos estão mudando o foco para acesso direto a contas de usuários, já que os sistemas tradicionais de detecção de fraudes estão mais eficientes. “Esse tipo de fraude representa um desafio crescente para as empresas. Para enfrentar essa ameaça, é essencial investir em tecnologias avançadas de monitoramento e autenticação, além de considerar soluções robustas de avaliação de risco de dispositivos e behaviour analytics”, afirmou.

O índice de fraude digital no Brasil ficou em 5,4% em 2024, número acima da média global. O país aparece ao lado de mercados como Canadá, Índia, Filipinas, República Dominicana, Colômbia e Hong Kong.

As transações feitas por consumidores dentro do Brasil registraram uma taxa de 6,1% de tentativas suspeitas de fraude, ocupando o sexto lugar entre os 20 mercados avaliados.

Além disso, 59% dos entrevistados disseram que trocariam de empresa em busca de uma melhor experiência digital, especialmente em relação à segurança dos dados. Para 77% das pessoas, ter confiança de que seus dados não serão comprometidos é essencial na hora de escolher onde comprar ou fazer negócios online.

O relatório aponta ainda que 34% dos entrevistados globais fizeram mais da metade de suas transações pela internet em 2024, mesmo índice do ano anterior. Entre os motivos para evitar o uso de determinados sites, 62% mencionaram preocupação com fraudes. Quase metade (48%) relatou já ter abandonado uma compra online por desconfiança em relação à segurança.

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Quando se trata de contratação de produtos financeiros ou seguros online, 51% dos entrevistados disseram ter desistido devido a questões de segurança ou experiência ruim no processo. Entre os motivos: excesso de informações solicitadas (46%), falta de confiança na proteção dos dados (41%) e processo considerado frustrante (38%).

No Brasil, 40% afirmaram que deixaram de comprar ou contratar serviços online por receio quanto à segurança das informações solicitadas ou pela quantidade considerada exagerada de dados exigidos.

“Proteger os dados dos consumidores é inegociável. Com o aumento dos riscos em todos os canais, o investimento em prevenção à fraude é estratégico e se torna um dos grandes diferenciais competitivos. Tanto para reduzir atritos desnecessários com o consumidor quanto para evitar impactos reputacionais para as organizações”, destacou Claudio Pasqualin, vice-presidente de Soluções da TransUnion Brasil.

Segundo o estudo, as comunidades online — como fóruns e aplicativos de relacionamento — tiveram a maior taxa global de tentativas de fraude digital em 2024: 12%, crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Em seguida, vieram os jogos eletrônicos (11%), jogos de apostas e pôquer (8%) e o varejo (8%).

No Brasil, as comunidades online também lideraram com 15,2% de taxa de suspeita de fraude, superando os outros setores.

Massola destacou que os golpistas se aproveitam da confiança dos usuários em plataformas sociais para criar perfis falsos e manipular emocionalmente as vítimas. “Uma vez conquistada a confiança, os criminosos solicitam informações confidenciais ou dinheiro, alegando emergências ou situações pessoais difíceis. Esse método de exploração não apenas compromete dados privilegiados, mas também pode resultar em perdas financeiras significativas para aqueles que acreditam estar seguros nas comunidades online”, alerta Massola.

Da redação: Agência Brasil


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