Analfabetismo é Quatro Vezes Maior entre Pessoas com Deficiência, diz IBGE

O Censo 2022 do IBGE mostra que 21,3% das pessoas com deficiência com 15 anos ou mais são analfabetas, índice quatro vezes maior que na população sem deficiência.
Foto: Marcello Casal Jr./Arquivo/Agência Brasil

Leia um resumo

A taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência com 15 anos ou mais foi de 21,3% em 2022, quatro vezes maior que na população sem deficiência, segundo o IBGE. Do total de 13,6 milhões com deficiência, 2,9 milhões não sabiam ler nem escrever. A escolarização também é inferior, com 63,1% não completando o ensino fundamental. Entre pessoas com autismo, 46,1% não concluíram o ensino fundamental, mas a taxa de escolarização de autistas é maior em algumas faixas etárias. A desigualdade educacional evidencia desafios persistentes para pessoas com deficiência no país.

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De acordo com o Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência de 15 anos ou mais no Brasil alcançou 21,3%. Esse índice é quatro vezes superior ao registrado na população sem deficiência, que apresenta taxa de 5,2%.

O levantamento revela que, do total de 13,6 milhões de pessoas com deficiência na faixa etária a partir de 15 anos, aproximadamente 2,9 milhões não sabiam ler nem escrever.

Para o Censo, considera-se pessoa com deficiência aquela que possui grande dificuldade ou impossibilidade para enxergar, ouvir, andar ou manipular objetos pequenos. Também são incluídas pessoas com limitações nas funções mentais que dificultam a comunicação, cuidados pessoais, trabalho e estudo.

A disparidade educacional entre pessoas com e sem deficiência também é evidente. Entre aqueles com 25 anos ou mais, 63,1% das pessoas com deficiência não tinham instrução formal ou sequer completaram o ensino fundamental. Esse percentual é quase o dobro do observado na população sem deficiência, que é de 32,3%.

Em 2022, apenas 7,4% das pessoas com deficiência nessa faixa etária concluíram o ensino superior, contra 19,5% da população sem deficiência. O ensino médio foi completado por 17,8% das pessoas com deficiência, contra 33,9% entre as sem deficiência. Já o ensino fundamental completo corresponde a 11,8% das pessoas com deficiência e 14,3% das sem deficiência.

Escolarização de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Censo também avaliou a escolarização de pessoas diagnosticadas com TEA. Entre os autistas com 25 anos ou mais, 46,1% não tinham instrução formal ou ensino fundamental incompleto, percentual superior aos 35,2% da população geral nessa faixa etária.

Segundo o pesquisador do IBGE Raphael Fernandes, “a maior parte das pessoas com TEA acima de 25 anos está concentrada no grupo sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, um percentual significativamente maior do que o da população total”.

O índice de autistas com ensino superior completo nessa faixa etária é de 15,7%, ligeiramente inferior aos 18,4% da população geral. Da mesma forma, os percentuais de conclusão do ensino médio (25,4%) e fundamental (12,9%) entre pessoas com TEA também ficam abaixo dos registrados na população geral (32,3% e 14%, respectivamente).

Por outro lado, a taxa de escolarização entre pessoas com autismo de 6 anos ou mais é superior à da população geral, com 36,9% contra 24,3%. Essa vantagem é especialmente notável nos grupos de 18 a 24 anos (30,4% contra 27,7%) e de 25 anos ou mais (8,3% contra 6,1%). Entretanto, nas faixas etárias menores, as taxas de escolarização entre pessoas com TEA são inferiores às da população geral: 6 a 14 anos (94,4% contra 98,3%) e 15 a 17 anos (77,3% contra 85,3%).


Da redação: AEN


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